sábado, 9 de junho de 2012

Delitos

 


Fim da noite, fim de festa, nosso começo
Toques sem pressa, vontade de se despir sem anseio
Dançar sem ritmo certo, passo a passo seus
movimentos eu aprendo
Suor escorre do rosto, suas mãos alcançam meus dedos, eu me rendo...

Sem regras e horários, só o momento
Eu, você, um certo lugar, tanto faz o contexto
Fim de tarde, a música para, eu recomeço
você me abraça me oferece peito, eu adormeço

Juntos, nos afogamos num mar de devaneios
Suas preces, minhas rezas, nossos receios
O calor ferve e as bocas já ñ possuem freios
Seu santo é fraco e você se perde entre meus seios

E entre tantos delitos e declarações
Abusamos de nós, como provam os arranhões...

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